PRINCÍPIOS

 

Princípios Gerais de Cobertura de Vidas


1. Definição: Ter cobertura é ter Proteção Espiritual. É ser pastoreado; é estar perto daquele que lhe cobre, é tomar a iniciativa de comunicar tudo: tudo sobre você e sua família, tudo sobre o seu ministério, tudo sobre as suas relações de trabalho, tudo sobre situações íntimas ou pecados ocultos; andar sob cobertura é fazer confissão e andar em transparência; aquele que cobre não deve ter a atitude de domínio, contudo, quem é coberto, deve aceitar ser corrigido.

2. Atitude: Buscar cobertura é antes de tudo um ato de humildade e é abençoado quem o faz. Provérbios 4:34“...aos humildes Ele concede a sua graça...”

3. Revelação: Quem busca cobertura é porque teve uma revelação do Senhor no seu espírito. Aquele que é guiado pelo Espírito, se humilha, valoriza as opiniões dos outros as colocando na balança, está sempre pronto a ouvir, sabe que pode errar se for preciso confessa que errou e volta atrás, recomeça tudo de novo, não tem a pretensão que sua vontade prevaleça, nunca anda sozinho, sabe que precisa de ajuda, de conselhos, e por todas estas razões erra menos e será mais próspero.

4. A comunicação é a chave: Se você está debaixo de cobertura é preciso entender que a comunicação é necessária; nada funcionará se você não se comunicar com o seu pastor todas as suas ações e necessidades;

a) Cobertura indica responsabilidade mútua; o pastor que cobre precisa estar disponível sempre que for procurado, estar disposto a assumir e viver os problemas daquele que o busca;

b) Quanto mais você puder compartilhar das situações que estiver vivendo, tanto no ministério como na família ou no trabalho, mais você vai descobrir que de fato não está mais sozinho. Portanto abra o seu coração e compartilhe. Experimente!

c) Entenda que é difícil compartilhar problemas. É fácil compartilhar bênçãos. Essa cobertura só funcionará se você abrir o coração. É preciso se comunicar pela Internet, por telefone ou pessoalmente; hoje um processo de cobertura não depende da distância física.

5. Compromisso: Sujeitar-se a uma cobertura indica compromissos; e esses compromissos são bilaterais.

6. Limites: Quem estabelece os limites do relacionamento não é o pastor que cobre, mas aquele que busca a cobertura. Muitas vezes queremos ajudar um pastor que nos procurou para cobri-lo, mas ficamos, de certa maneira, com as mãos atadas, porque não sabemos os limites dentro dos quais podemos caminhar com aquele pastor.

7. Transparência: Ser transparente é andar na luz. Isso depende de treinamento, e muitos  não foram treinados a serem realmente transparentes. Em 1 João 1:7 diz que: “...se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Seu Filho nos purifica de todo pecado...”, contudo, na prática, o que temos visto é que este é um princípio pouco praticado.

8. Aliança, Amizade e Paternidade: Os pastores que buscam cobertura assumem quatro posições diferentes:

a) Aqueles que assumem a posição de filhos:Quando são corrigidos com firmeza, eles vêm chorar no colo do pai; podem vir as pressões que vierem, eles continuarão sendo filhos. Alguns poucos pastores que buscam cobertura tomam esta atitude.

b) Outros, embora não tomem a posição de filhos, tornam-se verdadeiros discípulos, neste caso o pastor que o cobre é verdadeiramente o seu modelo; eles têm prazer em anunciar que têm um discipulador, que é pastoreado por fulano de tal, no íntimo sente alegria em dizer que o pastor tal é a sua cobertura e modelo.

c) Outros, embora não assumindo a condição de discípulos, são pastores de aliança e portanto capazes de estabelecer relacionamentos maduros.

d) Finalmente, há aqueles que, embora tenham buscado cobertura, não assumem nem a condição de filhos, nem a condição de discípulos, e também, não são pessoas capazes de formar uma aliança profunda; esses pastores, de alguma forma, entenderam que precisam de ajuda, mas em seu espírito ainda não tiveram uma revelação do Senhor sobre o assunto; geralmente são pastores com pouco crescimento espiritual e com pouco relacionamento com Deus. Nesse grupo também incluímos pastores com traumas em relação a situações que viveram no seu passado, onde foram decepcionados por líderes com os quais caminharam.

9. Relacionamento crescente: Um processo de cobertura implica em um relacionamento cada vez mais profundo, no desenvolvimento de uma amizade verdadeira e recíproca, onde uma aliança vai sendo estabelecida e firmada a bem do Reino de Deus. O melhor exemplo desse tipo de relacionamento e cobertura encontramos na amizade entre Davi e Jônatas no tempo do rei Saul.

10. Mão dupla: Num processo de cobertura, vamos descobrir que, tanto o que cobre quanto o que é coberto, passam a ser beneficiários do processo, onde ambos são abençoados, e quem cobre é abençoado e quem é coberto torna-se abençoador.

11. O processo 1: O processo de cobertura não é algo irreversível; pode ser que uma das partes, ou ambas as partes, conclua que o processo não deve continuar. Claro que isso só ocorrerá naquelas situações cujo verdadeiro relacionamento não chegou a ser estabelecido.

12. O processo 2: Cobertura não significa governo, mas significa paternidade, proteção espiritual e amizade profunda; cobertura é saber que você tem alguém com quem pode abrir o coração confiadamente. Sua cobertura lhe dirá tudo o que achar que deve dizer sem se preocupar exatamente em lhe agradar, mas o fará do jeito certo e com o devido respeito; sua cobertura não deverá ter nenhum receio de apontar seus erros, se for necessário.

13. O processo 3: Ao se estabelecer um processo de cobertura, estabelece-se também um processo de relacionamento, e todo relacionamento humano, por definição, passará por pressões e confrontos. Todos precisamos de um Natã em nossas vidas. Se você não estiver disposto a ser confrontado não está em condições de enfrentar o processo da cobertura. “...melhor a repreensão franca do que o amor encoberto, leais são as feridas feitas pelo que ama, assim como o ferro ao ferro afia, assim o homem ao seu amigo... ” Pv 27:5, 6 e 17

14. Humanidade: Quem o cobre é um ser humano. Não poderá ser visto com infalível. Todos nós estamos caminhando em busca da perfeição.

15. Julgando a palavra: A palavra do pastor que o cobre poderá não ser a palavra final para a sua vida, já que cada um dará conta de si mesmo a Deus, contudo, ela deve realmente ser levada em conta, porque Deus fala através das autoridades que coloca sobre as nossas vidas.

16. Semelhança: Há muita semelhança entre cobertura e discipulado. Se alguém é meu discípulo, está sob minha cobertura. Mas nem todos que estão sob minha cobertura, são necessariamente meus discípulos, a não ser, no aspecto do caráter. Não posso cobrir alguém se essa pessoa não vê em mim o caráter de Jesus, portanto, a melhor palavra para definir cobertura é pastoreio.

17. Individualidade: Nada é exigido ou será exigido do pastor que busca cobertura. Ele deverá ser respeitado na sua individualidade e é quem definirá o tipo de relacionamento a ser estabelecido. Tudo no processo de cobertura deve ocorrer espontaneamente, transparente.

18. Contribuição financeira: Nosso entendimento é que o pastor que é coberto deve abençoar financeiramente aquele que o cobre. Na Bíblia todas as primícias eram depositadas no altar a favor dos sacerdotes; o dízimo dos dízimos dos Levitas eram para os sacerdotes. Abraão entregou os dízimos ao sacerdote Melquizedeque; parte dos dízimos do povo eram entregues aos sacerdotes. A figura do sacerdote no Antigo Testamento é uma projeção profética do ofício pastoral do Novo Testamento e o mesmo princípio está consubstanciado em I Co 9:11 e em Gl 6:6. Muitos ministérios importantes no mundo e alguns no Brasil entendem dessa forma.

Resumindo:
a) Há o princípio de abençoar financeiramente aquele que zela e tem cuidado de mim como meu pastor e sacerdote;
 
b) Todavia também entendemos que existem várias formas de entendimento concernentes a este assunto, de sorte que deve ficar na liberdade do pastor que é coberto a decisão de apresentar seus dízimos e primícias, ou, simplesmente ofertar ao pastor que o cobre;
 
c) Penso que o pastor não deve dizimar no caixa de sua igreja, do qual ele come, pois, ele estaria comendo sua própria semente;
 
d) Também é nossa convicção de que a Palavra de Deus não define o valor ou um percentual para a oferta de primícias, ficando portanto, a critério do ofertante, o valor dessa oferta. Para nós hoje, o princípio inquestionável é de que você deve abençoar financeiramente aquele que o serve.

19. Relembrando: Na Bíblia nenhum homem de Deus andou sozinho, mesmo o Senhor nunca andou sozinho.

No primeiro dia de seu ministério, Ele nomeou alguns para andarem com Ele. O Senhor Jesus não ficou sozinho no monte da transfiguração e também no Getsêmani. Portanto, buscar cobertura é uma atitude de maturidade espiritual.

20. Exemplo a ser seguido: Sua igreja e seu ministério ao saberem que você está sendo pastoreado sentirão muito mais segurança em segui-lo e aceitará muito mais naturalmente sua autoridade pastoral; é o princípio da submissão, quanto mais você se submete, maior será sua autoridade espiritual.

21. Sua visão: Sua cobertura sempre respeitará profundamente SUA VISÃO, sabendo que ela é única, pessoal e intransferível. À sua cobertura cabe apenas ajudá-lo a cumprir o seu chamado, não o impedindo de caminhar na Visão que Deus deu.

Conclusão: Temos estudado e buscado um entendimento espiritual sobre esse importantíssimo assunto nos últimos anos, e as conclusões a que chegamos estão neste documento.
Cremos que cada um deve buscar uma sombra onde se abrigar.
Que o Senhor o abençoe e ilumine seu coração dando-lhe revelação e entendimento espiritual sobre o aqui exposto.

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